
PROGRAMA.
Formação Profissional Continuada
Proposta do Programa
Implementar com excelência o PROGRAMA, compreendendo a execução das ações, o cumprimento das metas, o atendimento aos objetivos propostos, o desenvolvimento dos conteúdos, a organização das estratégias, a gestão dos recursos humanos e materiais, com a missão de promover a educação, a inclusão social, sempre respeitando o Plano de Trabalho estabelecido em parceria com as instituições públicas ou privadas.
Princípios do Programa
A formação dos profissionais da educação baseia-se, essencialmente, na construção de uma base sólida de conhecimentos pedagógicos, gerenciais, científicos e éticos, que permitam uma atuação crítica, reflexiva e comprometida com a transformação social.
O processo formativo deve considerar:
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A formação humana e ética – preparando o profissional para lidar com a diversidade e promover a inclusão, o respeito e a cidadania.
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O domínio dos conteúdos – garantindo que os profissionais da Educação tenham conhecimento profundo da sua área de atuação.
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A prática profissional – incentivando a ligação entre teoria e prática, com ações supervisionadas.
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A reflexão crítica – estimulando o pensamento crítico sobre o papel social da escola.
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A formação contínua – reconhecendo que o processo educativo é dinâmico e exige atualização permanente.
Os princípios visam formar profissionais conscientes do seu papel transformador na sociedade, comprometidos com a qualidade da educação e o desenvolvimento integral dos educandos.
Objetivos Gerais do Programa
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Respeitar os Princípios Norteadores dos Documentos Nacionais para a qualificação e aperfeiçoamento contínuo de gestores e professores, considerando:
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A competência como concepção nuclear no processo formativo, utilizada para fundamentar a proposta pedagógica, o currículo, a organização institucional, a gestão e a avaliação da escola.
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A existência de coerência entre a formação oferecida e a prática esperada.
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Os conteúdos, como meio e suporte para a constituição das competências.
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A reflexão como categoria essencial, capaz de transformar a prática pedagógica do professor, de prepará-lo para atender às exigências que se colocam para sua profissão na atualidade, e de modificar a sua pessoa constituindo-o como sujeito autônomo.
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Garantir aos profissionais o acesso a ações formativas, fazendo desse direito um instrumento de valorização.
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Promover processo contínuo respeitando os pilares essenciais da formação: a pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente.
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Investigar como a escola utiliza os espaços de autonomia e viabiliza seu projeto de formação continuada em consonância com o seu Projeto Pedagógico e as razões que motivam os gestores e seus professores para a formação continuada.
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Identificar a concepção de formação continuada proposta e quais as teorias que a fundamentam, analisando a ideologia subjacente na proposta.
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Abordar a inter-relação entre escola e contexto sócio-político e econômico dominante.
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Verificar como são criados os espaços formais e sistematizados de formação continuada e a prática da participação nas atividades.
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Promover aplicação de projetos didáticos e pedagógicos, fomentando intercâmbio de práticas entre diferentes profissionais e redes de ensino.
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Realizar formação continuada articulando teoria e prática. O aprendizado não se dá integralmente durante o período da formação. O profissional para apreender as informações, precisa aplicá-las em um determinado contexto de uso e modificá-las de acordo com suas necessidades. Isso quer dizer, por exemplo, que o professor precisará aplicar o que foi abordado na formação com seus estudantes, para que a aprendizagem aconteça de forma efetiva.
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Estimular o uso das Tecnologias em Sala de Aula de forma a ampliar o Processo de Ensino e Aprendizagem, apoiando o desenvolvimento das Habilidades do Século XXI.
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Oferecer subsídios pedagógicos aliados às Tecnologias de Informação e Comunicação.
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Utilizar as tecnologias assistivas para a inclusão digital dos estudantes com deficiência e para favorecer o aprendizado de todos.
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Promover o surgimento e aplicação de projetos pedagógicos.
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Estimular o surgimento de projetos de pesquisa-ação.
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Integrar os recursos tecnológicos com as diversas áreas do saber, por meio do desenvolvimento de projetos/atividades interdisciplinares, articuladas e convergentes, apoiados em fundamentação pedagógica sólida e atualizada.
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Desenvolver a compreensão e prática dos professores para que suas aulas se tornem mais dinâmicas e diversificadas, desenvolvendo atividades para aprimorar habilidades como: colaboração, comunicação, interatividade e socialização.
Contexto do Programa
Nos últimos anos, com o acesso à escola garantido para a maioria das crianças brasileiras, é cada vez mais crescente a preocupação com a melhoria da qualidade da educação, principalmente na escola pública. Esta é uma necessidade, não só da educação como direito de cidadania, como um imperativo para superar o quadro de dificuldades que atravessa a educação brasileira, considerando o fracasso escolar e o baixo desempenho dos estudantes em todos os níveis de ensino revelado através de pesquisas sobre os índices educacionais do país.
É comum observar que a responsabilidade do insucesso da aprendizagem escolar ainda é atribuída ora ao estudante e sua família, ora à baixa qualidade da formação inicial do professor e aos métodos escolhidos por ele. Para responder a esse desafio, é prioritário e urgente que a escola promova mudanças na sua estrutura, na sua cultura organizacional e, principalmente, nas práticas pedagógicas que desenvolve.
No caso dos professores, a saída, hoje, apontada para a superação dos problemas causados pela baixa qualidade da formação inicial é a formação continuada. Isto é observado no discurso oficial, através da legislação educacional, no discurso das entidades mantenedoras, no discurso das escolas e dos próprios professores e no crescente número de estudos e pesquisas acadêmicas nacionais e internacionais envolvendo o tema da formação continuada.
De acordo com o IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica o quadro retratado pelos resultados das avaliações demonstra que a situação atual do ensino é dramática e sabemos que para vencer esse grande desafio, um dos caminhos é colocar a formação inicial e continuada e a valorização dos professores como prioridade para buscarmos a superação do fracasso escolar.
Por meio do trabalho pedagógico o professor pode contribuir para a sua emancipação política e social e também daqueles com quem convive diariamente – estudantes, colegas, comunidade numa perspectiva contrária à escola que hoje domestica, conforma e aliena. Defendemos a formação do professor como “intelectual orgânica” a serviço das mudanças educacionais necessárias para incluir a todos, capaz de fazer a reversão dessa escola. Este processo requer um profissional politicamente comprometido com a transformação dos sujeitos, da escola e, consequentemente, da sociedade.
Se a formação inicial não contribuiu para a formação do profissional com esse perfil, a serviço dos interesses educacionais e sociais, entendemos que cabe a própria escola, utilizar os espaços de autonomia concedida e construir uma proposta de formação continuada que contribua para a construção deste intelectual por meio de uma formação técnica, política e humana que o leve a emancipação como pessoa e como profissional.
Para contribuir com os profissionais para que se tornem referências em seus trabalhos é necessário oferecer subsídios pedagógicos aliados às tecnologias da informação e da comunicação, conhecimento da prática, adequação aos novos tempos e preparo para diferentes realidades.
O que se pretende é combater o despreparo e a falta de elementos para compor um novo panorama e perfil quanto ao trabalho em sala de aula, e não desprezar os conhecimentos já adquiridos ou as práticas e ações já conhecidas pelos profissionais da área.
A proposta caminha na direção da composição de forças, trazendo à tona toda a gama de informações e realizações já empreendidas por professores, orientadores, coordenadores e diretores, adicionando a essas experiências e saberes o que há de mais novo em educação.
Inserir tecnologias, discutir metodologias diferenciadas de ensino, propor o uso de recursos inovadores, repaginar a relação professor-estudante, incentivar maior participação da família na escola, são propostas que precisam ser incorporadas ao processo de formação dos profissionais da educação.
Pretendemos que os professores se tornem “autores” do seu trabalho para que ocorram mudanças significativas no contexto escolar e assim, consequentemente, impactar de forma positiva no desempenho escolar.
Com relação aos gestores, pesquisas conduzidas no Brasil e no mundo têm atestado a importância maior dos gestores escolares para que se efetive um trabalho realmente qualificado nas salas de aula de qualquer localidade.
Investimentos na formação dos gestores são, conforme dados da Fundação Lemann, normalmente muito mais eficazes para alterar positivamente o rumo dos acontecimentos no âmbito escolar, que qualquer dinheiro investido no aperfeiçoamento dos docentes. E isto numa base matemática equivalente a 5 vezes mais resultados favoráveis para cada centavo gasto com gestores do que com educadores.
No entanto, a maior quantidade de recursos públicos investidos na formação de profissionais das redes municipais, estaduais e federais é vertida em bases inversamente proporcionais em cursos e atualizações para os professores, com a carga destinada a gestores sendo bastante reduzida. Simplificando este raciocínio, podemos afirmar que se gasta muito mais com professores para sua especialização, aperfeiçoamento e atualização do que com gestores da educação, como diretores, coordenadores, orientadores e mesmo o staff que gerencia as redes públicas municipais e estaduais em nosso país. E, como complemento, concluímos que o investimento com os gestores representa benefícios significativos para as escolas.
Diante disso, acreditamos que a qualificação dos profissionais da Educação se torna fundamental para garantir que os estudantes possam atingir níveis de excelência em Educação, superando as metas e índices estipulados em exames governamentais.
Considerações Finais
As ações formativas precisam estabelecer as condições essenciais para a consolidação de um ensino de qualidade, transformando as escolas em instituições de aprendizagem, centradas no estudante, no professor e na gestão eficiente. Precisamos cumprir com eficiência e eficácia a nossa Missão, conforme as Diretrizes Educacionais, focando nos resultados que estão relacionados à melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem.
A busca pela excelência das ações passa pela compreensão que precisamos de uma estrutura sólida, articulada e coerente. Só assim, conquistaremos a qualidade que desejamos para a educação de todos os estudantes.
ATIVIDADES.









